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Água não tratada e poluída

08/04/2015
Consumo mata mais do que todas as formas de violência.

Você sabia que o consumo e o uso de água não tratada e poluída mata mais do que todas as formas de violência, incluindo as guerras? Pois é, numa época em que economizar se tornou uma prioridade, principalmente para assegurar condições básicas de saúde, o tratamento também não fica atrás.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), pelo menos 1,8 bilhão de crianças com menos de cinco anos de idade morrem a cada ano em decorrência da má qualidade da água e da falta de saneamento básico.

Um relatório da ONU, chamado de 'Limpar as águas: um enfoque em soluções de qualidade da água' (tradução livre), afirma que as crianças são as principais vítimas da “água doente”, representando uma morte no mundo a cada 20 segundos.

Documento alerta para a necessidade de adoção de medidas urgentes

Para alguns especialistas, é preciso encontrar formas eficientes de administrar e tratar a água e o esgoto. "Se o mundo pretende sobreviver em um planeta de seis bilhões de pessoas, caminhando para mais de nove bilhões até 2050, precisamos nos tornar mais inteligentes sobre a administração de água de esgoto", afirma o diretor da Unep, Achim Steiner.

A água contaminada é um dos principais causadores do aumento de mortes de vegetais e animais em mares e oceanos de todo o mundo. Segundo o levantamento, são dois milhões de toneladas de resíduos que contaminam cerca de outros dois bilhões de toneladas de água diariamente, causando enormes "zonas mortas" e sufocando recifes de corais e peixes.

5 mil óbitos por dia

O número de doenças relacionadas à água contaminada e ausência de serviços de saneamento nas nações em desenvolvimento é crescente. Entre elas, destacam-se a Cólera, a Febre tifoide, a Giardíase, a Amebíase, a Hepatite infecciosa e a Diarreia aguda infecciosa. Tais doenças causam cerca de três milhões de mortes por ano. Só entre as crianças, os óbitos chegam a 5 mil por dia no mundo. Um número alarmante.

Quando as doenças não resultam em morte, deixam sequelas para aqueles que sobrevivem. A maioria desses óbitos poderiam ser evitados, caso os pacientes tivessem acesso a condições básicas de saneamento e higiene.

Os próximos anos

A projeção de crescimento da população para os próximos anos só agrava ainda mais o problema. De acordo com estudos, as populações urbanas devem dobrar de tamanho nas próximas quatro décadas. Em pouco tempo teremos seis bilhões de pessoas vivendo em cidades.

Para alguns especialistas, é preciso encontrar formas eficientes de administrar e tratar a água e o esgoto.

Nesses locais já há carência de gestão adequada das águas residuais em decorrência do envelhecimento do sistema, de falhas na infraestrutura ou de esgoto insuficiente. Se agora, os grandes centros urbanos já enfrentam problemas, imagine com o dobro de população?

Como ajudar?

Todos podemos fazer a nossa parte tomando uma série de atitudes simples para ajudar a diminuir o impacto do esgoto. Segundo o Instituto Akatu, organização que promove o consumo consciente, uma dessas atitudes é reciclar o óleo de cozinha. Além de entupir os encanamentos de casas e prédios, descartar o óleo usado no esgoto doméstico encarece o tratamento e aumenta os gastos públicos.

Em regiões onde não há tratamento, o impacto é ainda pior. O óleo descartado vai parar diretamente nos rios, contaminando a água e acumulando na superfície, o que provoca a morte de peixes e outros organismos.
A solução alternativa e longe do ideal é descartar o óleo usado no lixo, acondicionado em um vidro ou em um recipiente plástico. Outra opção é leva-lo a algum ponto de coleta que se proponha a encaminhá-lo à reciclagem.

Coleta seletiva

Vale ressaltar que a coleta seletiva do material traz benefícios sociais, pois fornece matéria-prima às ONGs que trabalham com a reciclagem, e o reaproveitam na fabricação de sabão e de biodiesel.
Outra forma de ajudar é consumir somente produtos biodegradáveis e buscar saber das empresas as suas políticas de descarte de resíduos e preservação do meio ambiente.

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