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Energia nuclear

16/07/2015 · 01:29 · atualizado em 16/07/2015
EUA e Irã anunciam acordo histórico

Após extensas negociações, os Estados Unidos e o Irã anunciaram na última terça-feira, 15, um acordo que limita a atividade nuclear iraniana em troca da suspensão dos bloqueios econômicos internacionais enfrentados pelo país.

As alas políticas mais conservadoras de ambos os países criticavam o projeto, exaltado pelos dois presidentes após o desfecho positivo, fruto de 20 meses de debates. Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, também se manifestou contrário ao acordo, classificado como "um erro histórico" por poder dar ao Irã o acesso a milhões de dólares que podem ser usados a favor do terrorismo e agressões a outros países do Oriente Médio.

Os Estados Unidos lideraram um grupo de seis países, composto também por Inglaterra, França, Alemanha, China e Rússia. Barack Obama afirmou que o pacto "acaba com o caminho para a construção de uma arma nuclear", enquanto Hassan Rouhani está convicto que foi dado um passo importante na retomada das relações do Irã com o mundo. "Este acordo não está baseado na confiança. Está baseado em verificações. Os inspetores poderão ter acesso nas 24 horas do dia às instalações nucleares iranianas chaves", afirmou Obama em pronunciamento oficial.

Apesar da suspensão de bloqueios econômicos e relacionados ao petróleo, Obama lembrou que o Irã segue sob algumas sanções, principalmente aquelas relacionadas à violação de direitos humanos.

Antigos relatórios publicados pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), mostraram que Irã acumulou mais de duas toneladas de urânio enriquecido. A preocupação ocidental crescente sobre o fato do país desenvolver a capacidade de construir armas nucleares sempre foi um dos principais motivadores na busca pelo acordo. O país persa sempre se defendeu afirmando que nunca houve o desejo de fabricar armas e que todo acúmulo de urânio seria destinado a produzir energia.

Urânio Enriquecido

O processo de enriquecimento de urânio permite a produção de combustível para alimentar uma central nuclear. Outra função é a produção de material para o desenvolvimento de uma bomba atômica. O urânio é extraído de pedreiras ou de minas e não pode ser encontrado em sua forma natural, mas misturado a outros elementos diversos. O mineral bruto contém apenas 0,3% de urânio.

No processo de enriquecimento, o urânio é separado dos demais elementos minerais e o que sobra é o óxido de urânio. Depois dessa etapa, o material resultante é convertido em um composto gasoso, chamado de hexafluorido de urânio. O hexafluorido é processado em centrífugas nucleares para ser enriquecido e transformado em combustível.

Todo o gás é submetido a rotação em velocidades extremas. O gás recuperado no centro da centrífuga é enviado para um novo processo de centrifugação, aumentando o grau de concentração de urânio. Para a construção de uma bomba atômica, é necessário ter pelo menos uma taxa de 90% de urânio enriquecido. Já para alimentar um reator nuclear de uso civil, é preciso uma taxa que esteja entre 3% e 5%.

Vamos relembrar: energia nuclear
 
Esse tipo de potência é liberada através dos átomos. Eles são formados por núcleo e elétrons, que são orbitais, ou seja, gravitam em torno do centro. As partículas formadas se unem por uma força de atração. Daí, quando uma energia externa é aplicada, a parte central do átomo é desintegrada, e passa a liberar calor e radiação. O urânio é muito utilizado para a geração de energia nuclear nas usinas atômicas, devido as suas características químicas.
 
O que se produz  nas usinas é uma energia limpa, pois não agride o meio ambiente, até um certo ponto: o lixo radioativo que representa o resultado final dessa produção precisa ser armazenado em locais adequados, seguindo diversas normas rígidas de segurança.
 
Os EUA e a Rússia são os países que possuem os maiores arsenais do mundo. O poder de devastação desse artefato é grande, pois além de provocar a morte e causar grande destruição material também provoca diversos tipos de doenças naqueles que conseguem sobreviver ao ocorrido, entre elas o câncer. 

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