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"New Horizons"

20/07/2015
Olhando Plutão de perto!

Sem o mesmo impacto midiático da chegada do homem à Lua em 1969, mas com muita emoção e admiração, lemos as notícias sobre o sucesso da sonda New Horizons,  que cruzou em alta velocidade a órbita de Plutão e de seu sistema de luas, no dia 15 de julho de 2015, em uma viagem não tripulada de nove anos e meio. O planeta-anão está muito longe da Terra, pode-se dizer que está na periferia do Sistema Solar. Ele leva 248 anos para completar uma órbita em volta do Sol.



A sonda foi lançada do Cabo Canaveral na Flórida (EUA) ao espaço pelo foguete Atlas V em janeiro de 2006, para fotografar e enviar dados sobre Plutão e suas luas, que ficam no cinturão de Kuiper (região do sistema solar ainda inexplorada, localizada além da órbita de Netuno). 

A sonda já começou a transmitir dados e imagens colhidos a 12,5 mil Km da superfície de Plutão – o mais perto que ela chegou do planeta. Embora as imagens sejam ainda de baixa resolução, já são muitas vezes maiores e melhores que as imagens obtidas com o Telescópio Espacial Hubble!

Surpresas e confirmações

Plutão é um pouco maior do que se imaginava. Tem 2.730 km de diâmetro o que o tornou o “rei” do cinturão de Kuiper, já que é maior do que os outros objetos localizados na região. Éris, um planeta-anão, descoberto em 2005 na mesma região, é um pouquinho menor. 

As  imagens recebidas revelam uma cadeia de montanhas de gelo com picos de até 3.500 metros de altura. Para os cientistas, a ausência de crateras na área da cadeia montanhosa indica que ela foi formada recentemente (nos últimos cem milhões de anos!) por um processo geológico ainda desconhecido.
Plutão é coberto principalmente por gelo de metano e nitrogênio, mas suspeita-se que os picos das montanhas sejam formados por gelo de água. A temperatura deste planeta-anão é estimada em cerca de -230 graus Celsius, aguardando-se confirmação dos dados coletados pela New-Horizons.

Sua maior lua, Caronte, também revelou, pelas primeiras imagens, uma superfície variada e jovem, com pouquíssimas crateras de impacto. Uma enorme mancha escura na sua região polar norte está deixando os cientistas intrigados, mas terão que esperar a transmissão do pacote completo de dados em alta resolução que só começa a enviar em 16 de novembro. O download levará um ano para se completar!

Planeta-anão

De acordo com os padrões estabelecidos em 2006 pela União Astronômica Internacional - entidade responsável pela classificação dos corpos celestes - um planeta deve apresentar algumas características elementares, tais como girar em torno de uma estrela principal, ter massa suficiente para produzir força gravitacional para dar-lhe um formato esférico, além de eliminar de sua órbita outros corpos, ou seja, ser dominante em sua zona orbital.
Plutão, que era o nono planeta a partir do Sol (estrela principal do sistema solar), foi rebaixado para a categoria de “planeta anão”, por algumas dessas razões. 

 

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