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Oriente Médio

18/07/2014
Israelenses e palestinos protagonizam novos conflitos na Faixa de Gaza.

Localizada na Palestina, entre Israel e o Egito, a Faixa de Gaza é um território hostil cercado por muros, com espaço aéreo e marítimo controlado e bloqueado. Os conflitos nesta área do Oriente Médio são cíclicos, ou seja, se repetem periodicamente. No início deste mês de julho emergiu, novamente, na região uma série de combates que estão devastando a população.



Os israelenses e palestinos são os dois grupos que polarizam as ofensivas e cada grupo acredita que Gaza pertence a ele.  “Tomar de volta o que um dia foi seu por direito”. Este é o lema que mobiliza a luta dos israelenses que afirmam que a Faixa de Gaza é ocupada por invasores.

Por outro lado, se encontram os palestinos que se estabeleceram no território desde que vieram refugiados de outras terras e defendem a sua permanência por enfatizarem que “eles têm o direito de ficarem onde sempre se concentraram.”

Mas, não são apenas as questões geográficas que norteiam as impasses em Gaza. A religiosidade também é um fator central nestes conflitos, uma vez que o território é considerado a Terra Prometida e tanto os israelenses quanto os palestinos creem que a região é sagrada e por isso, não pode ser ocupada com a presença de povos com crenças diferentes das deles.

Os Números do Conflito

O atual conflito na região é a terceiro dentro de um período de cinco anos. O estopim para mais este momento de guerra foi o sequestro e morte de três jovens, sendo dois israelenses e um palestino. O grupo palestino Hamas que significa “movimento de resistência islâmica”  e o exército de Israel são os responsáveis pelos principais ataques.

Os israelenses e palestinos são os dois grupos que polarizam as ofensivas.



Ativistas palestinos lançaram cerca de 80 foguetes contra o sul de Israel e como retaliação a aviação israelense iniciou ataques aéreos contra a Faixa de Gaza. O número de mortos ultrapassou os 200 e segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a maioria dos mortos eram civis.

Na última quinta-feira, 17 de julho, tanto os palestinos do grupo Hamas quanto o exército de Israel suspenderam os ataques durante cinco horas para que os corpos e feridos fossem retirados. Esta trégua, proposta pela ONU, abriu espaço para que a população protagonizasse uma verdadeira corrida aos mercados e as agências bancárias. No período de cessar-fogo os serviços de emergência palestinos contabilizaram que 1,6 mil pessoas ficaram feridas na Faixa de Gaza.

Perspectivas


Ainda não sabemos quais serão os desdobramentos destes atuais conflitos. Já foram registradas mortes de crianças e mais de 100 mil israelenses foram orientados a abandonarem suas casas. Também foi identificado o início da ofensiva terrestre por parte de Israel.

Os conflitos na Faixa de Gaza são preocupantes e repercutem mundialmente. Até o momento nada foi resolvido naquela região e todos os impasses políticos e territoriais que deram início aos confrontos ainda são vigentes.

A sensação de impossibilidade de negociação e impunidade aumenta gradualmente e assim, fomenta discussões sobre quando isso acabará. Infelizmente, não é possível prever. O que fica é a esperança de que um dia, segundo Nelson Mandela,  “ninguém nasça odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião.”

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