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República Dominicana

25/05/2015 · 02:00 · atualizado em 25/05/2015
Os 50 anos da intervenção militar brasileira.

No decorrer dos anos 60, o Brasil viveu uma das fases mais marcantes de sua história. Em 1964, o país sofreu um golpe militar que foi resultado de diferentes acontecimentos sociais e, principalmente, políticos. A ameaça comunista era a justificativa para a intervenção, segundo os militares.

Neste período acontecia no cenário internacional a Guerra Fria, protagonizada pelos Estados Unidos e a extinta União Soviética. As duas potências brigavam pela soberania mundial, tendo como norteadores o capitalismo e o socialismo, respectivamente.

Em maio de 1965, alguns meses após o começo da ditadura, um grupo de aproximadamente 1300 soldados brasileiros se juntou aos norte-americanos em prol da “ordem e disseminação do capitalismo”. Os militares foram enviados à República Dominicana, com o objetivo de impedir a instauração do comunismo no país caribenho. O presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson, afirmou que não poderia ficar de braços cruzados “enquanto comunistas instalavam um novo governo no ocidente.”

Foi Johnson que solicitou a presença dos soldados brasileiros, uma vez que as forças militares do Brasil eram financiadas pelos estadunidenses. Esta junta militar, chamada de Operação Power Pack, foi a oportunidade do então presidente, marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, retribuir este patrocínio.

O presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson, afirmou que não poderia ficar de braços cruzados “enquanto comunistas instalavam um novo governo no ocidente.”

A União Cívica Feminina do Brasil, direcionada às esposas dos militares, apoiou a ida dos soldados ao divulgar um comunicado que dizia: “eles são altivos e cheios de orgulho, levando a nossos irmãos da República Dominicana o braço amigo que ajuda a manter os direitos dos homens e a ordem, onde o inimigo vermelho tenta implantar o caos.”

Os militares conseguiram derrubar o avanço do comunismo na República Dominica, em 1966, quando o contestado presidente Joaquín Balaguer ganhou as eleições. Essa participação brasileira foi veemente criticada. O professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Tullo Vigevani enfatizou que “o Brasil esperava conseguir ganhos com essa política, que não se confirmaram.”

Na época, essa ação militar não foi bem vista pelo Chile, Uruguai e outros países signatários da Organização dos Estados Americanos (OEA). Eles defendiam que “nenhum Estado ou grupo de Estados tem o direito de intervir, direta ou indiretamente, seja qual for o motivo, nos assuntos internos ou externos de qualquer outro.”

OEA

A Organização dos Estados Americanos, fundada em 1948, é o órgão internacional mais antigo do mundo. A OEA tem como finalidade o respeito à soberania e à independência dos países do continente americano. O artigo 1º da Carta norteadora do OEA enfatiza que a organização é “uma ordem de paz e de justiça, para promover sua solidariedade, intensificar sua colaboração e defender sua soberania, sua integridade territorial e sua independência."

Entre os países-membros da OEA estão os Antígua e Barbuda, Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, República Dominicana, Estados Unidos, Guatemala, Haiti,Honduras, México, Trinidad e Tobago e Uruguai.

República Dominicana

Hoje, a República Dominicana é um país que se destaca pela agricultura. Açúcar, café, banana, arroz e mandioca são os principais itens da produção. A capital é Santo Domingo e o clima é tropical úmido.

O país ocupa parte da ilha de Hispaniola, que fica entre o mar das Caraíbas, ao sul, e o oceano Atlântico, ao norte. As belas praias da região incentivam o turismo local, sendo Punta Cana um dos destinos mais famosos.

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