História >>Império Bizantino
- Introdução
- Formação do Império
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- Apogeu
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- Decadência
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- Legado
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Introdução
Você saberia localizar este Império?
Por isso, vamos acompanhar no mapa a evolução deste império, desde o seu início e as suas sucessivas mudanças territoriais até a sua decadência.
Introdução
Agora que já sabemos de onde estamos falando, vamos ver como tudo começou?
Os estudiosos europeus do século XVI chamaram de Idade Média o período entre os séculos V e XV, considerando-se que a Idade Antiga, que havia acabado com a queda do Império Romano do Ocidente tinha sido marcada por um grande avanço cultural oriundo das civilizações grega e romana. E mesmo na efervescência do Renascimento esses estudiosos desconsideraram os avanços artísticos, intelectuais e filosóficos do período entre os séculos V e XV.
Embora esta ideia negativa sobre a Idade Média tenha se perpetuado, hoje sabemos que não devemos julgar um período da história em relação a outro, pois para esta comparação sempre tomamos como base o período em que estamos vivendo, com nossos valores e "certezas". E daí, podemos nos equivocar achando que a nossa atualidade parece sempre ter qualidades superiores aos outros.
Introdução
Portanto, vale lembrar que a Idade Média teve acertos e desacertos como outro qualquer período da nossa história. E foi na Idade Média que ocorreu a integração da cultura romana com a cultura bárbara germânica do norte da Europa.
Formação do Império Bizantino
A união dos mundos greco-romano e orientalVamos voltar ao ano de 330: no local da antiga colônia grega de Bizâncio, o imperador romano Constantino fundou a cidade de Constantinopla, que inicialmente foi batizada com o nome de Nova Roma. Por estar localizada entre a Europa e a Ásia, na passagem entre os mares Egeu e Negro, era uma cidade muito importante do ponto de vista militar, cultural e comercial.
Constantinopla acabou se tornando a síntese do modo de viver greco-romano e oriental e se tornou a capital do Império Romano do Oriente ou Império Bizantino, que durou até 1453, atingindo o seu auge durante o período em que Justiniano reinou como imperador dos bizantinos, de 527 a 565.
Estátua do Imperador Constantino, na Catedral de York, Reino Unido.
Formação do império bizantino
Por volta do século XI, a cidade chegou a ter 1 milhão de habitantes, mas no século XV foi conquistada pelos turcos que a converteram na capital do Império Otomano. Após 1930, Constantinopla passou a se chamar Istambul, que é hoje a capital da Turquia.
Ilustração digital de Constantinopla durante o período bizantino
Apogeu
Governo de JustinianoJustiniano era de uma família humilde, e era sobrinho de um general romano, Justino, que o adotou. Mudou-se muito jovem para Constantinopla, onde recebeu uma aprimorada educação, se dedicando à retórica, direito e religião.
Depois de um golpe de estado, o general Justino tornou-se imperador e em seu governo cresce o poder de Justiniano, que acaba por receber o título de César em 525 e proclamado imperador em 527.Ambicioso e autoritário, Justiniano era chamado pelos súditos de "o imperador que nunca dorme".
Detalhe de Justiniano em um mosaico exposto na Basílica de São Vital, em Ravena,Itália
Apogeu
Governo de JustinianoO mosaico exposto na Basílica de São Vital nos dá uma ideia precisa do cerimonial e dos costumes da corte bizantina.
A corte: o imperador Justiniano é ladeado pelo arcebispo Maximiano e outras personalidades da corte. Já Teodora, esposa de Justiniano, usou sua influência para promover o reconhecimento de alguns direitos femininos: aprovação de leis que proibiam o tráfico de garotas jovens e alterou as leis de divórcio, trazendo benefícios para a mulher.
Apogeu
Governo de JustinianoLogo após ser coroado, Justiniano casa-se com a atriz Teodora, filha de um tratador de ursos. Inteligente e politicamente hábil, a mulher tem papel importante em seu governo e aconselha o imperador até nas questões militares.
Seguindo os planos dos imperadores anteriores, Justiniano buscou unificar o Império Romano de forma a recuperar a grandeza do antigo império. Estimulou o comércio, as artes, e promoveu grandes obras. Preocupou-se também com as leis do império e, para tanto, promoveu a revisão da codificação do Direito Romano no Corpus Juris Civilis, também conhecido como Código Justiniano.
Reconhecendo a estrutura eficiente da Igreja, Justiniano buscou usá-la como suporte para o seu governo, demonstrando interesse pelos problemas religiosos. O período de seu governo foi marcado por uma intensa disputa entre a Igreja do Ocidente e a do Oriente sobre as duas naturezas de Cristo: a divina e a humana. Os problemas religiosos estavam intimamente ligados aos problemas políticos. A exemplo disso, a Síria e o Egito aderiram o monofisismo (pregava que depois da união do divino e do humano,representada por Jesus Cristo,haveria apenas uma única "natureza",não mais divina, nem humana), como forma de reação à dominação política de Constantinopla. Justiniano não se intimidou e procurou unificar as duas igrejas e colocou sob a sua influência até mesmo o Papa.
Apogeu
A Revolta de NikaO sonho de Justiniano era restabelecer o território do antigo Império Romano. Para isso, se envolveu em várias guerras de conquistas, as quais o obrigavam a cobrar altos impostos de todos os seus súditos, causando uma insatisfação.
A oposição a Justiniano, formada por aristocratas que afirmavam que por ele não ser nobre de nascença, não teria direito ao trono, aproveitou-se da insatisfação para iniciar uma revolta contra o Imperador, em 532. Instigaram os componentes dos dois principais partidos políticos a fazerem várias exigências a Justiniano, as quais foram atendidas, de início. Mas logo os meios pacíficos foram substituídos por violentos conflitos. Justiniano cogitou a fuga de Constantinopla, mas por forte influência de Teodora, a sua esposa, permaneceu na cidade e aniquilou os revoltosos.
Apogeu
A política externa de JustinianoO período de seu reinado foi marcado por sucessivas guerras que assolaram boa parte da Europa e da Ásia. Inicialmente, Justiniano garantiu a sua soberania, estabelecendo acordos de paz com seus inimigos mais próximos, os persas, e conteve o avanço dos búlgaros sobre a Grécia.
Para dar continuidade ao sonho de reconstituir o Império Romano na sua totalidade, ele iniciou uma série de guerras no Ocidente. Em 535, reconquistou o norte da África; em 553, reconquistou a Itália, estabelecendo na cidade de Ravena a sede do seu governo e em 554, dominou o sul da Espanha.
Mas a alegria de Justiniano durou pouco tempo. Logo as tribos bárbaras germânicas recuperaram o norte da Itália e os poderosos árabes se apossaram de muitas regiões do seu Império: Egito, Palestina, Síria, Mesopotâmia e os territórios bizantinos da África e da Espanha.
A decadência bizantina
Vários foram os problemas acarretados pelas derrotas e perda de territórios. Bizâncio esteve ameaçado por dificuldades financeiras, pestes e por intensos ataques de bárbaros. A falta de dinheiro gerou a diminuição de contingentes do exército, fazendo com que o governo fosse incapaz de garantir a segurança interna. Gradativamente, os latifundiários foram organizando eles mesmos a defesa contra os ataques dos bárbaros Os pequenos proprietários, em busca de segurança e para fugir dos pesados impostos imperiais, abandonavam suas terras e colocavam-se sob a proteção dos grandes latifundiários, aumentando o seu poder.
O autoritarismo e os altos impostos fizeram com que a população de Constantinopla respirasse aliviada com a notícia da morte de Justiniano, em 565.
Questão Iconoclasta
Os imperadores que sucederam Justiniano se envolveram numa contenda religiosa com a população. Eles proibiram o culto às imagens sagradas (ícones), por considerá-las uma demonstração de idolatria, condenada pela bíblia. A questão Iconoclasta dividiu a população e diminuiu o prestígio do governo. Só no século IX, depois de muitos conflitos entre monges e as camadas populares, o culto às imagens foi liberado, com exceção das esculturas.
A decadência bizantina
Cisma do OrienteAs diferenças religiosas foram se intensificando entre o cristianismo bizantino e o cristianismo romano, gerando uma série de conflitos que culminou, em 1054, com a separação entre a Igreja do Ocidente, que obedecia ao Papa de Roma, e as diferentes igrejas ortodoxas do Oriente, num movimento que ficou conhecido como Cisma do Oriente.
Aos poucos o Império Bizantino foi se orientalizando e perdendo as suas características romanas. Ainda resistiu à séria crise no século XI, mas não resistiu aos turcos, que tomaram Constantinopla em 1453. Era o fim do Império Bizantino e também da Idade Média.
O legado dos bizantinos
Constantinopla foi sem dúvida o maior centro comercial, manufatureiro e cultural da Idade Média, em função de sua localização privilegiada que fazia com que fosse intensa a atividade comercial entre o Oriente e Ocidente.
Desenvolveram grandes avanços na arquitetura, com a construção de inúmeras igrejas, com majestosas cúpulas e as enormes paredes decoradas com mosaicos sofisticados, influência da arte oriental.
A pintura e a escultura foram essencialmente decorativas. A primeira manifestou-se em afrescos representando santos e anjos, os dirigentes etc, cujas figuras geralmente são estáticas com fisionomias que apresentam linhas de sofrimento, benevolência e misticismo. Já a segunda, se expressou através de baixos-relevos de construções, trabalhos em marfim (capas de livros, por exemplo) e ícones que constituíram as formas mais desenvolvidas.
O Código de Justiniano contribuiu para a estruturação do Direito, presente na estruturação legislativa ocidental.