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Por que não temos eclipse todos os meses?

Os eclipses são, sem dúvidas, um dos fenômenos naturais que mais impressionaram a humanidade ao longo dos séculos desde a antiguidade. Tal fascínio era fruto ou de sua beleza ou do mistério que por séculos foi atribuído a ira divina! Entretanto, hoje, conhecemos muito bem como ocorrem os eclipses solares e lunares.

Para ocorrer um eclipse são necessários três “componentes” básicos. Seja para um eclipse Solar ou Lunar, é preciso uma fonte de luz, que nesse caso é o próprio Sol, um obstáculo e um anteparo.

No eclipse Solar, a Lua, colocada entre a Terra e o Sol, irá projetar, na Terra, uma sombra. Para os observadores nesta região de sombra, o Sol fica “invisível”, pois sua luz é bloqueada pela Lua. Eclipses solares ocorrem na fase de lua nova, quando a Lua se coloca entre o Sol e a Terra. Já no eclipse Lunar, Terra e Lua invertem seus papéis, sendo a Terra posicionada entre o Sol e a Lua. Assim, a Terra impede que a luz solar chegue em uma região do espaço (cone da sombra) que será invadida pela Lua. Ao entrar nessa região, a Lua, deixa de refletir a luz solar, se tornando “invisível” para observadores na Terra. O eclipse lunar ocorre na fase de lua cheia.

No esquema, abaixo, podemos perceber o arranjo desses três corpos nesses dois casos:

Fonte: http://www.seara.ufc.br/astronomia/fenomenos/eclipses.htm
 

 Percebemos, então, que os eclipses, solar ou lunar, dependem do alinhamento entre a Terra, o Sol e a Lua, que, em teoria, ocorre a cada 27,3 dias (período no qual a Lua leva para dar uma volta em torno da Terra), proporcionando uma fase de lua cheia e uma de lua nova. Se isso é verdade, por que não temos eclipses todos os meses?

Teríamos eclipses todos os meses se o plano da órbita da Lua fosse coplanar (ou seja, estivesse no mesmo plano) com o da órbita da Terra em torno do Sol, pois, dessa forma, estaria garantido o alinhamento perfeito para que o cone de sombra de um corpo incidisse sobre o outro. Como não há eclipses com tanta frequência, é fácil imaginar que estes dois planos não coincidem. Aliás, sabemos que eles possuem uma inclinação de 5º, o que é suficiente para a Lua passar por cima ou por baixo do cone de sombra da Terra (ou vice versa) permanecendo, por isso, sempre iluminada durante todo (ou quase todo) o ano.




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