Os militares voltam da guerra...
Quando acabou a Guerra do
Paraguai, o exército brasileiro contava com grande prestígio
perante a sociedade; no entanto, os oficiais achavam que seu papel
político era insignificante. Durante a guerra, os militares entraram
em contato com outras nações (Uruguai, Argentina) onde já vigoravam
o trabalho livre e o regime republicano. Animados com as novas idéias
e questionando o papel da monarquia, retornaram ao Brasil com o objetivo
de reformar a sociedade e colocar o país entre as grandes nações do
mundo. Os alvos preferidos das críticas eram os funcionários públicos
que serviam à monarquia. Segundo os militares, eles não passavam de
"bacharéis pedantes" que só visavam aos seus próprios interesses.
Os conflitos aumentavam...
Na
Escola Militar, um dos professores mais famosos era o
tenente-coronel Benjamin Constant Botelho de Magalhães.
Ele defendia abertamente os ideais republicanos e o positivismo,
exercendo forte influência nos jovens militares.
O ponto máximo da crise
A briga entre os militares e o imperador chegou ao ponto
máximo em 1887, quando diversos oficiais lançaram o Manifesto
ao Parlamento e à Nação, exigindo liberdade de expressão
na imprensa.