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Irmãos Villas-Boas
Os irmãos Orlando, Cláudio e Leonardo Villas Boas foram membros da Expedição Roncador-Xingu, que na década de 40 percorreu regiões inexploradas do Brasil, abrindo estradas e construindo campos de pouso de emergência, visando à defesa da região.

Eles dedicaram-se ao contato amistoso e à proteção dos índios que viviam nas cabeceiras do Rio Xingu. Em 1944, a Expedição Roncador-Xingu contatou o povo Xavante, ainda hostil e, em seguida, estabeleceu contatos com outros povos. A expedição decidiu permanecer no Xingu e desenvolver um programa de proteção aos índios, buscando assegurar uma base territorial onde pudessem manter seus modos tradicionais de organização social e de subsistência econômica, em reservas ou parques indígenas fechados.



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Noel Nutels
Nascido na Ucrânia, formou-se em medicina no Brasil e cedo se dedicou à saúde pública, especializando-se como sanitarista. Atuou durante mais de trinta anos junto a populações indígenas e como médico da Expedição Roncador-Xingu, conviveu com os irmãos Villas Boas e, mais tarde, com eles e com Darcy Ribeiro, participou do grupo que veio a criar o Parque Nacional do Xingu.

Tornou-se grande defensor da cultura indígena, tendo inclusive documentado em vídeo aspectos do cotidiano dessas populações e sobre isso disse:

"Todo o meu trabalho como médico entre os índios do Brasil foi orientado por uma única ideia: que o processo rápido de civilizar o índio é a forma mais eficaz de matá-lo"



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Darcy Ribeiro
Formado em Sociologia, foi contratado para o Serviço de Proteção ao Índio em 1947. Casou-se com uma antropóloga e fez diversas viagens de estudo junto a aldeias indígenas. Organizou o Museu do Índio, no Rio de Janeiro. Desenvolveu uma carreira na área de educação, tendo sido o mentor e primeiro reitor da Universidade de Brasília e, mais tarde, Ministro da Educação do governo de João Goulart. Com o golpe de 1964, teve os direitos políticos cassados e se exilou. Posteriormente, voltou ao Brasil e liderou uma campanha contra a falsa emancipação dos índios pretendida pelo governo militar. Continuou sua vida pública, exercendo vários cargos e escrevendo romances e artigos até morrer..

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Escarificadores: artefatos de espinho ou dentes que provocam pequenos ferimentos simultâneos na pele.

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Os sopros de fumaça são usados para anular malefícios, afastar tempestades e têm força exorcizadora nos nascimentos e rituais de iniciação praticados na puberdade.

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O xamã:
Ninguém nasce xamã. Mesmo que uma pessoa tenha vocação e dons necessários, é preciso um longo período de aprendizado para adquirir o saber envolvido na prática xamanística, o domínio do uso de substâncias medicinais e alucinógenas e o conhecimento das regras e tabus tanto do mundo humano quanto do sobrenatural.

A preparação é feita por um xamã-mestre e envolve jejuns, e isolamento para que os alunos desenvolvam as qualidades. Geralmente, o aluno participa das sessões xamanísticas na qualidade de aprendiz e auxiliar do xamã-mestre.

O conhecimento das plantas medicinais aplicadas em poções, pós e fumigação com sopros de fumaça, é um dos mais importantes para o xamã. Ele deve reconhecer as plantas curativas, as venenosas e dominar os processos de preparação das poções feitas com elas. Além disso, o Xamã precisa ter boa memória, inteligência aberta e conhecimentos psíquicos, indispensáveis ao trato com os membros da aldeia.

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Quarup:
No Alto-Xingu uma das mais importantes reuniões de nações indígenas é o Quarup (Karup) ou culto aos mortos. Os Quarup são troncos pintados com desenhos geométricos e um pequeno rosto que representam os mortos durante a cerimônia. Esses troncos são colocados em covas bem no centro da aldeia com os rostos voltados para o nascente - da mesma forma que são colocados os corpos dos índios mortos - para que possam ver bem o caminho que os levará à Aldeia dos Mortos. Cantadores com chocalhos se colocam atrás dos Quarup e entoam seus cantos durante todo o dia e a noite, só terminando ao amanhecer. A dança do Quarup, sempre feita por homens, acontece ao entardecer e tem uma coreografia muito simples, mas que exige um grande número de participantes.

O Quarup é festejado uma vez por ano no Parque Nacional do Xingú e o grupo que sedia o culto recebe os visitantes de outras aldeias com muita comida, bebida e competições como a corrida de toras e a uka-uka, uma luta em que os homens combatem ajoelhados e com as mãos no chão, como os animais.

A corrida de toras é muito praticada pelos Timbira. As toras de buriti com quase cem quilos são carregadas por longas distâncias e depois são utilizadas no jogo que se desenvolve como corrida, mas com situações de ataque e defesa entre os grupos.

História >> Índios do Brasil I

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